domingo, 28 de abril de 2013

Dançar


Dançar é perder-se do mal, seduzir e lapidar uma paixão.
Olhar de modo diferente para coisas que parecem nada e torna-las alegria.
Educar o corpo, conciliar a mente e render-se a alma.
É entrega, é prazer, beijo e olhar...
Poesia, mar e sexo.
Dia ensolarado e noite com lua cheia.
Dançar é amar também, é entregar-se a dama sem medo, leva-la de olhos fechados para o além.
Sorrir, morder os lábios e flutuar.
Dança também é ouvir e lutar, gritar sorrir e chorar.
Um baile sem dança não tem alegria, e a vida sem alegria não tem dança.
Entregar-se ao prazer, uma linda noite, ouvir o som e gozar.
Eu não sei por que eu danço, talvez porque eu seja um sonhador,
Quem sabe por ser um apaixonado, doido e deslumbrado,
Pode ser porque sou diferente, ou apenas por ser mais um,
Talvez nem haja um motivo real...
A mulher, o corpo, o perfume, o toque ou o olhar.
Todos são motivos para mim.
Se quer saber o que é a dança de verdade,
Levanta daí sente a música e chama a dama para dançar!  

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Frenesi


E essa veia que pulsa em mim, queima o frio e sacode meu espirito.
Mulher dos cabelos vermelhos, da boca macia e pele clara.
Corpo desenhado a mão, esculpido em todo erotismo, cobiça e poder de sedução.
Suas tatuagens, suas costas e suas mãos.
Olhar que domina, beijo que toca meus lábios, adormece minha boca e arrepia meus pelos.
As mãos que ao me tocar arranham, contraem e apertam.
Seu toque tão febril, alucinante ópio que desdenha meu ser.
Suas palavras tão picantes, provocantes que me domam, que cercam e me tocam.
Possui o animal que existe em mim, puxa meu cabelo e sente o que está por vir.
Arde em chamas, beba o vinho e se entregue.
Suba na cama, tira a roupa e em mim navegue.
O tesão, a fúria estão aqui.
O ódio, a paixão e a sedução.
Calor, corpo no corpo e a emoção.
Briga, saudação, gritos e ejaculação.
Eu quero você, possuída e possuindo,
Quero você caça e caçador
Quero você nua e sem pudor
Quero você do jeito que for
Mas vem que o frenesi apenas começou!

sábado, 13 de abril de 2013

Erótica


Faz frio em São Paulo e pessoas caminham por toda parte, se banham com a garoa fina e o vento gelado.
Roupas longas e casacos fazem do clima na Santa Cecília o ambiente ideal para seduzir.
Bares, restaurantes e motéis a cada esquina funcionando 24 horas e convidando os casais para luxuria.
Olhos nos olhos em um primeiro encontro, um sorriso tímido e insinuante, um toque e um beijo no rosto.
Uma música e dois drinks, o clima pede mais.
Um beijo sem pretensão e os corpos se ascendem.
Então me pego observando pela janela do quarto casais que se transam a noite toda.
E uma estranha voz insiste em soprar em meu ouvido todas as vezes que olho o corpo nu daquela mulher sobre minha cama.
Não consigo controlar esse tesão que habita em meu corpo.
Esfrego meu rosto, puxo meu cabelo e não consigo acalmar o animal que há em mim, vou devorá-la.
Sua pele cor de caramelo, seu rosto e seus olhos tão promíscuos, seus seios pequenos e firmes quase parecem desenhados e eu quero tudo, quero seu interior, seu cabelo cheiroso e sua boca sensual.
Quero sua língua, suas mãos e suas pernas.
E sentir tudo, penetrar gritar e me torturar até as energias acabarem.
Sentir o sal do suor, a água escorrendo em meu corpo e o pelo arrepiar.
Quero saber de você, perversa e selvagem.
Quero sentir o que esconde por trás do rosto de fada, possuir seu copo, sua mente e sua alma como uma droga viciante.
Enquanto domino seu interior e meço suas reações pelos seus olhos e seus gemidos posso sentir São Paulo aos meus pés, a chuva aumenta enquanto penetro a noite.
E mais uma vez observo aquele corpo a luz da lua e tento combater essa maldita voz que me dá prazer.

domingo, 7 de abril de 2013

Milena


Minhas andanças tem se tornado cada dia mais rotineiras. Meu estilo de vida quase sempre questionável me mantem feliz e renovado para realizar todas as atividades que gosto e/ou sou obrigado.
Nas contradições que a vida impõe decidi transitar por São Paulo em busca de conhecimento, arte e novas pessoas.
No núcleo cultural de São Paulo fui surpreendido por uma mulher de 19 anos, com um estilo impecável, lindos cabelos negros e um sorriso de fazer perder qualquer sentido de razão que exista na mente de um ser são, era de fato uma mulher de endoidecer.
Seu nome, que vem do latim, significa exatamente a recepção que ela me deu, “amorosa e carinhosa”.
É estranho qualificar alguém que provavelmente nunca mais verei, mas entre as idas e vindas da conversa, muitos sorrisos foram trocados e conheci nela um ponto de vista totalmente novo sobre esse lugar fantástico que é São Paulo.
Em uma cidade onde vemos com frequência pessoas morrendo, se agredindo e correndo, é incomum alguém trocar dez minutos de palavras com um completo desconhecido com um projeto anonimamente cultural, social e critico.
Mas por que não se arriscar?
Por que não se permitir ao novo?
Conheci hoje uma mulher deslumbrante, promotora de eventos, estudante de Gestão de Eventos, moradora do bairro de Pinheiros, que admira a diversidade cultural e tem a estranha admiração por um cemitério, veja que irônico, ela queria abrir uma das sepulturas para saber como é.
Em aproximadamente quinze anos que ela conhece a Av. Paulista, ela rotula que São Paulo é sua casa. Parece uma resposta simples sem muito conteúdo, mas vamos avaliar por um ponto de vista mais intenso.
Quando falamos de casa, estamos falando de porto seguro, de família e de conforto. Então ela assim como eu e como muitos paulistanos tem muito a aprender e ensinar sobre a “capital do nosso país”.
Para você linda e estonteante urbana, fica meu desejo de felicidade e a vontade de reencontra-la para conhecer você, sua vida e seu fascínio, quem sabe até nos divertirmos e contarmos nossas historias de vida. De todas as milhares de pessoas que estavam ali naquele ponto, você foi a escolhida para brilhar e caso não seja possível reencontra-la em nossas andanças ou de alguma maneira a rever pelas redes sociais, espero que tudo o que foi proporcionado de novo para mim hoje venha para você em forma de conquista e gratificação.
Se a vida abre as portas para você, não as feche pois quando olhar para trás provavelmente não terá a mesma oportunidade.
Se pensa em fazer algo, não fiquei apenas em pensamento, vá e faça pois ainda que dê errado você terá se empenhado e não terá mais do que se arrepender.
As andanças continuam e nesse emaranhado de informação que é São Paulo, muitas coisas podem acontecer. Para você Milena, fica esse pensamento prometido e cumprido. Se você ler, espero que goste e se gostar que sorria e sorrir que o mundo se ilumine e então eu estarei sorrindo também.

sábado, 6 de abril de 2013

Mulher


E pensando bem será que elas são tão confusas assim?
Mulher, nem sempre tão delicada e meiga, nem sempre tão confusa ou carente. Uma eterna caixinha de surpresas que muda a vida de qualquer homem, até mesmo daqueles que não gostam de mulheres.
Por vezes é lindo observa-la com ou sem roupa, seus olhares, gestos e sorrisos, seus trejeitos, firulas e maquiagem são tão hipnotizantes.
Suas broncas e seus sonhos, tão guiados pelo poder de controle e pelos sonhos de um amanhã melhor, são sempre tão intensas que chegam a seduzir.
E como é bom imaginar coisas entre quatro paredes, sonhos de sair e conversar, sair e conquistar, sair e namorar, sair e esquecer da vida ao lado de você mulher.
Há quem diga que ela não é superior a raça carnal masculina, mas ela é tão multifuncional, tão única e suprema, tão forte e independente, ela gera a vida, trabalha e conduz a família, cozinha, lava, passa e ainda tem tempo de sobra.
Independente, carente, tímida e sedutora todas as características divididas em um milagre de carne e osso.
E qual homem que nunca se sentiu intimidado apenas ao olhar para uma mulher?
Quem é esse cara que nunca sentiu medo de dizer um simples “oi”?
Quem nunca caiu ao seus pés?
Quem nunca se rendeu aos seus encantos?
Mulher, apenas o que pode descrever o que você é mora na utopia dos meus pensamentos, e se eu puder resumir em uma palavra que seja INFINITA.

Lembranças de Fotografia


E às vezes a gente fica aqui na madrugada pensando na vida enquanto as lembranças flutuam em questões reais;
- Quantas vezes já deixei de fazer algo para agradar?
- Quantas vezes sorri apenas para não ver alguém triste?
E então, todas essas verdades inventadas que criamos em uma falsa expectativa de felicidade, tornam-se apenas mais uma lembrança, ou mais uma fotografia para ficar admirando no quarto em nosso momento de reflexão.
Cada um tem sua história e nela construiu-se através da alegria e da tristeza o que hoje você é!
Homens e mulheres que vem e vão a toda hora, abraços, beijos, noites de amor e ódio e nem sempre você estará bem ou realmente se divertindo, mas curtir o momento pode fazer muita diferença.
E você que me acompanha aqui nessa madrugada, que sente e vive o que sinto e vivo, alimenta utopias de possibilidades reais, mãos dadas, caminha durante a noite e sorri durante o dia, uma eterna busca pelo equilíbrio que nem mesmo sei se existe.
Vamos parar um pouco de falar de amor, ódio, política e religião.
Vamos parar um pouco de ser vitimas, de falar tristeza e fazer rebelião.
Vamos acordar sorrindo.
Vamos fazer amor no frio, durante a noite e durante o dia.
Vamos viver e vamos sim contar historias para que as lembranças sejam vividas e não meras fotografias.